sábado, 2 de janeiro de 2010

Cinema, 3 dólares, pipoca, 1 dólar, coca-cola, 1,5 dólar, ver o novo filme de Sherlock Holmes antes da estréia no Brasil e em tailandês, não tem preço

Cartaz do Filme na Tailândia

Tive um recesso de fim de ano em minhas atividades em Timor-Leste, então resolvi viajar pela Indonésia, Tailândia e Malaysia. Farei um relato de minha estadia nesses países e espero que isso possa ajudar os que pretendam visitar tais países.

Gostaria de começar o relato de minhas aventuras pela Ásia, com um fato que aconteceu comigo e que com certeza guardarei na memória para sempre.

Eram 31 de dezembro de 2009, por volta de 9 da noite e estávamos em Phuket (sul da Tailândia) já faziam 2 dias. Ficamos sabendo que em Phuket Town não haveria festa de ano novo, somente uma queima de fogos em pontos espalhados pela cidade. Fomos andar na região dos shoppings a procura de algum lugar para jantar, foi quando vi na entrada de um dos shoppings (Paradise Phuket) o cartaz do novo filme de Sherlock Holmes. Esse filme já estreou em vários países, mas no Brasil a estréia só está prevista para 08/01/2010. Pelo que já tinha visto nos trailers e lido em várias críticas na internet o filme estava muito bom. Eu como fã número 1 de Sherlock Holmes não poderia perder essa oportunidade. Fui então comprar as entradas, que por sinal eram bem mais baratas que no Brasil. Os ingressos para duas pessoas custavam 180 baths, (cerca de 6 dólares ou 10 reais). Acontece que na hora de pagar os ingressos a vendedora se recusava em vender-me. Ela alegava que o filme era falado em tailandês e que não tinha legendas. Eu não sou muito fã de quase nada, mas sou fã de carteirinha de Sherlock Holmes, li todos os livros quando tinha 12 anos, tenho vários filmes e livros dele, então decididamente disse que queria comprar os ingressos assim mesmo. Então ela chamou outra funcionária do cinema que me explicou a mesma coisa e mais uma vez confirmei a compra. Mesmo sabendo que não entenderia nenhuma fala do filme, acreditei que as imagens valeriam à pena e que não me arrependeria.

No meu próximo post, falarei mais sobre minha viagem por Bali, Tailândia e Malaysia. Mas algo na Tailândia me chamou muito a atenção, a veneração que os tailandeses têm pelo Rei Bhumibol Adulyadej. Existem fotos do monarca tailandês espalhadas por todas as ruas, casas e comércios da Tailândia. Mas o que me causou espanto foi que antes de começar o filme, apareceu um aviso em tailandês e inglês que dizia: “Em respeito a Sua Majestade, o Rei da Tailândia, fique em pé!”, todos os que estavam no cinema ficaram em pé, inclusive eu. Então por alguns minutos vimos em silêncio imagens do Rei e da Família Real tailandesa. Foi um momento único e pude perceber como o Rei tailandês é querido por seus súditos, é como se ele fosse um Deus para eles.

Em relação à sala de projeção do cinema (Coliseum Cineplex, www.coliseumcineplex.com), tratava-se de um local muito confortável, com poltronas bem reclináveis e macias e tinha um excelente sistema de som e projeção, bem compatível com as melhores salas de cinema do Brasil. Já em relação ao filme, resolvi assistir somente a primeira hora do mesmo, pois queria deixar um pouco de suspense para quando eu tiver a oportunidade assistir e entender o que é falado. Mas pelo que assisti, deu para perceber que o filme ficou muito bom. Já li em alguns lugares, que o diretor Guy Ritchie tinha acabado com o personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle no século XIX, mas pelo que assisti percebi as mesmas características do personagem relatadas nos contos de Conan Doyle. Acho que os filmes anteriores é que davam uma caracterização errada do personagem, levando-o mais para o padrão da era Vitoriana. As cenas da luta de boxe, a caracterização do quarto de Sherlock Holmes e do mesmo tocando sua rabeca/violino, estão totalmente de acordo com o original e não foram exploradas nos filmes anteriores.

Lionel Wigram, autor da HQ que deu origem a esse filme, conseguiu reunir as características do personagem relatadas por Conan Doyle em seus contos iniciais, como por exemplo em "Um Estudo em Vermelho" e "O Cão dos Baskerviles".


Estas entradas vão para minha coleção

Foi uma boa experiência, consegui entender o filme sem entender nada do que era falado, me senti nas salas de cinema mudo do século passado e melhor ainda, pude assistir ao filme antes que muitos no Brasil.

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